quinta-feira, 24 de outubro de 2013

10 Anos de Linda Martini

Não foi há 10 anos que os ouvi pela primeira vez. Talvez há 7 ou 8. Estranhamente, a primeira música que ouvi chama-se “Dá-me a tua melhor faca”, e obtive-a, ilegalmente, através do extinto “emule”. Torci o nariz e perguntei-me o que seria aquilo. “Linda Martini? Que raio de nome para uma banda”, pensei eu. Não a apaguei, apesar do espaço no disco do meu velhinho Pentium II me incentivar a tal. Voltei a tropeçar na canção que então tinha “sacado” há uns meses e soou-me a uma coisa totalmente diferente. Decidi impedir o telefone lá de casa mais umas horas (que saudades do som do modem de 56Kbps!) para sacar o “Amor Combate”. Compulsivamente, comecei a ouvir as cantigas daquela banda de nome estranho, que até era meio parecido com God is an Astronaut, e tudo fazia sentido na música que eles faziam (e fazem). Parafraseando o amigo Pessoa, aquela música que até então estranhava, foi-se entranhando e hoje está enraizada na minha cultura musical.

Vi-os pela primeira vez ao vivo em 2008, em Valhelhas, no Festival Serra da Estrela, já como quarteto. Para mim foi um concerto memorável. Para eles, confessou-me ainda há bem pouco tempo o Hélio, foi “um bocado mau”. Seguiu-se mais uma mão cheia de concertos .Hoje já não os consigo contar devidamente. Para além do primeiro, guardo com especial carinho mais dois, por diferentes motivos. Paredes de Coura 2011, onde os ouvi tocar no seu habitat natural, e o concerto “secreto”, promovido pela Antena 3, de apresentação do novo álbum, Turbo Lento, onde pude falar um pouco com toda a banda, bem como receber os seus autógrafos na minha discografia.


Foram 10 anos de boa música, excelentes concertos e a mesma humildade que lhes vi em Valhelhas, há muito tempo atrás. Espero que daqui a 10 anos possa escrever sobre os 20 de Linda Martini, porque ainda têm tempo para ser mais.






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